Se você pensa que as opções para comer fora de casa se restringem aos restaurantes, está enganado. Nas entrequadras de Brasília são diversas as alternativas nas carrocinhas de rua para se fazer um bom lanche e até mesmo uma refeição, além do tradicional cachorro-quente. Macarrão, kebab, nhoque, pizza, churrasquinho e hambúrguer fazem parte do rol. E acredite: os sanduíches vegetarianos também conquistaram espaço. Com preços mais acessíveis que os encontrados em estabelecimentos formais, o cardápio de comidas oferecidas em quiosques e barraquinhas atrai a clientela.
A montagem é
simples. Quem passa pelo comércio local da 206 norte durante o dia não imagina
que, a partir das 19 horas, de segunda a sábado, uma tenda rodeada por cadeiras
e mesas passa a ocupar parte do estacionamento. É o Macarrão na Rua. À frente
do fogão, o proprietário Estevão Saraiva serve os clientes desde 2002, fiéis
até nos dias de chuva. “Adoro esse lugar. Sempre venho comer macarrão. Não
importa se está chovendo, a comida é quentinha”, conta a artesã Nanrery
Mendonça, que frequenta o local pelo menos uma vez na semana. As massas são
artesanais e a sugestão de molhos agrada aos mais diversos paladares: al sugo, bolonhesa, quatro queijos,
calabresa, carbonara e estrogonofe de frango. Por R$ 9,00 pode-se comer um
talharim, espaguete ou nhoque com um desses molhos. Queijo parmesão ralado e
folhas de manjericão fresco compõem o prato.
Saraiva diz que o ambiente de rua e as velinhas coloridas acessas em cima das mesas chamam a atenção do público. O capricho com que as comidas são preparadas (com luvas, máscara, toalhas de papel e álcool em gel) e a limpeza do banheiro, que fica dentro de umas das lojas comerciais próximas ao local, podem ser observados pelos fregueses. A cultura se faz presente na tenda do Macarrão na Rua. Às sextas-feiras, grupos musicais tocam bossa nova e MPB. No dia mundial do nhoque, 29 de cada mês, é realizado um encontro musical no lugar. E como opção durante as apresentações, o cliente pode degustar uma taça de vinho a R$ 6,00 ou comprar a garrafa por R$ 24,00.
Saraiva diz que o ambiente de rua e as velinhas coloridas acessas em cima das mesas chamam a atenção do público. O capricho com que as comidas são preparadas (com luvas, máscara, toalhas de papel e álcool em gel) e a limpeza do banheiro, que fica dentro de umas das lojas comerciais próximas ao local, podem ser observados pelos fregueses. A cultura se faz presente na tenda do Macarrão na Rua. Às sextas-feiras, grupos musicais tocam bossa nova e MPB. No dia mundial do nhoque, 29 de cada mês, é realizado um encontro musical no lugar. E como opção durante as apresentações, o cliente pode degustar uma taça de vinho a R$ 6,00 ou comprar a garrafa por R$ 24,00.
Perto dali,
também no estacionamento do comércio local, na 208 norte, o fotógrafo, filho de
uma chef de cozinha, Flávio Rodrigues, há um ano investe nos adeptos da
culinária vegetariana. Mesinhas móveis recicladas feitas com restos de madeira,
banquinhos de plástico e toalhas de chita floridas enfeitam o ambiente. Uma
lona branca cobre a parte onde ficam as panelas. O proprietário do Natura Dog
fala que teve a ideia de montar o negócio por causa dos amigos. “Quase todos
são vegetarianos”, afirma. E completa: “Vou mudar em breve o nome para Natura
Veg”. O lugar é montado de quinta a domingo e funciona das 18h30 às 23h30. O
diferencial da barraquinha é o sanduíche tipo cachorro-quente, porém natural.
São duas as opções de pão: tradicional ou integral. As receitas foram
elaboradas pela mãe de Flávio e a preparação é artesanal. Para rechear,
almôndegas ou salsicha de soja, batata palha, milho, legumes, purê de batata,
maionese de cenoura, pastas de alho ou azeitona, vinagrete e queijo. Pedir é
fácil: basta marcar em um papel que fica em cima das mesas os ingredientes que deseja
incluir no sanduíche. O preço varia de acordo com o pedido. Vai de R$ 5,00 a R$
7,00. Sucos naturais, refrigerantes e cerveja fazem parte do cardápio e o reggae é a música que impera no
ambiente.
Pedaços de carne bovina ou de frango enfiados em um espeto de metal giratório assados na churrasqueira elétrica. Pequenas fatias são sobrepostas no fino pão sírio, chamado de pão folha, com molho de alho, alface, tomate picado e pasta terrine. O sanduíche é montado aos olhos do cliente. É o kebab. A unidade sai a R$ 9,90. O quiosque, instalado na calçada próximo ao Posto da Torre no Setor Hoteleiro Sul, há três anos serve a clientela que aprecia iguarias árabes. Shawarma é o nome do espaço. Com a infraestrutura diferenciada, tem mesas fixas na rua, garçom, pessoal uniformizado e caixa. Caso queira usar o banheiro, o do posto está à disposição. Além do kebab, considerado carro chefe do local segundo os empregados do recinto, quibes e esfirras são servidos todos os dias, das 12 horas à meia noite. Várias marcas de cerveja podem ser consumidas no local, além de refrigerantes e sucos em lata. O jornalista Michel Aleixo faz do kebab o almoço dos domingos: “É sagrado. Adoro. É leve, bem servido, rápido e gostoso”.
Mesmo ao
lado de uma franquia de hambúrgueres famosa, o Espeto Lanches está sempre
cheio. A estudante Mayara Souza é frequentadora assídua do trailer desde 2008.
“Venho sempre aqui. O sanduíche é grande e o preço e vale a pena. Acho bem barato”,
afirma. Com mesas e cadeiras fixadas no chão de cimento sob um toldo verde na
entrada da quadra 409 sul, essa lanchonete de rua faz sucesso entre os
fregueses. É o que conta o chapeiro e dono do lugar, Paulo Roberto Morais.
“Estou aqui há 26 anos. Além dos esporádicos, tenho clientes fixos”,
completa. Os hambúrgueres de carne ou
frango são de fabricação caseira. O sanduíche mais pedido na casa é o Cheese
Burgão Salada, que custa R$ 5,00. É
preparado no pão com maionese temperada ao alho, alface, rodelas de tomate,
queijo, hambúrguer de carne ou frango e fatias de calabresa tostadas na chapa.
O apelido do proprietário deu nome ao ponto. Espeto, como é chamado pelos
amigos, abre o trailer de segunda a sábado, das 18 horas à meia noite.
Bebidas alcoólicas
A venda de bebidas alcoólicas nos quiosques e barraquinhas de
rua é proibida pelos órgãos competentes de fiscalização do Governo do Distrito
Federal. Mesmo assim, como constatado nessa reportagem, em alguns lugares, a
comercialização se faz presente. Em alguns deles, as bebidas estão relacionadas
nos cardápios. Em outros, expostas ao lado das comidas. Já no trailer Espeto
Lanches, a cerveja não pode ser consumida no estabelecimento. “Tenho latinhas
para vender, mas só para levar”, diz o proprietário.
Curiosidade
Você sabia que três dos quatro lugares visitados nessa reportagem (Macarrão na Rua, Shawarma e Espeto Lanches) aceitam cartões de crédito e débito? Normalmente se pensa que, por serem barraquinhas de rua, o pagamento só pode ser feito em dinheiro. Modernidade.
Curiosidade
Você sabia que três dos quatro lugares visitados nessa reportagem (Macarrão na Rua, Shawarma e Espeto Lanches) aceitam cartões de crédito e débito? Normalmente se pensa que, por serem barraquinhas de rua, o pagamento só pode ser feito em dinheiro. Modernidade.