O picadinho é um velho conhecido das cozinhas brasileiras. Pedacinhos de filé, arroz branco, farofa e ovo representam o básico para composição do prato. Variações como couve, banana à milanesa e até mesmo feijão também são apostas para incrementar e dar um diferencial ao prato. Os restaurantes de Brasília, dos mais sofisticados aos mais simples, incorporaram em seus cardápios essa tradicional opção.
Casas como Lake’s, Fred, Antiquarius Grill e La Trombouille dão um requinte à elaboração dessa receita simples que agrada muitos paladares. O empresário Carlos Martins, que faz as refeições fora de casa, declara comer o prato pelo menos duas vezes na semana, pois assim pode sentir o sabor da comida caseira da infância. O assessor parlamentar Antônio Carlos Zaffino, acostumado a frequentar lugares com culinária gourmet, não dispensa o picadinho, que muitas vezes desbanca pratos mais elaborados. “Eu adoro, como sempre”, diz. Outros já não partilham da mesma opinião e acham que uma comida com caráter tão caseiro não merece estar nas mesas mais elegantes. A advogada e chef Cátia Soares é um exemplo. Ela conta que este prato não lhe proporciona nenhuma experiência gastronômica diferente, por ser bastante comum.
O público que costuma consumir o picadinho é diversificado, assim como o preço cobrado pelos restaurantes citados acima. O mais caro é o do Antiquarius, que custa R$ 71. A restauranter Ângela Munhoz decidiu incluí-lo no cardápio, desde a abertura do Lake’s, há quase 20 anos. Lá ele sai a R$ 35 e vem acompanhado ainda com batata palha. Como dona de casa, ela sempre apreciou comidas de preparo fácil. Daí a decisão de comercializar o prato dando um toque gourmet. Para isso, investiu na apresentação e nos temperos.
O Fred também pode ser considerado um veterano quando o assunto é proporcionar esta comida tradicionalmente caseira para quem frequenta o circuito gastronômico de Brasília. Há 18 anos, o tem como carro chefe da casa, apesar de ser especializado em cozinha alemã. A preparação é feita aos olhos do cliente, em um fogão montado próximo às mesas. Fica pronto em no máximo 15 minutos. Picado em ponta de faca, flambado e apurado em molho roti (especial da casa), o filé mignon vem temperado com tomate, cebola, pimentão, páprica picante, champignon e bacon. Os acompanhamentos: farofa de pão, banana à milanesa, ovo pochê e arroz branco. Tudo sai ao custo de R$ 40 (individual) e, no jantar, R$ 55 para duas pessoas.
Cabe no bolso
Nem só os restaurantes de luxo da cidade oferecem esta opção. Pode-se encontrá-la por R$ 14, 90, no Dom Durica, onde se vende o prato congelado, e por R$ 49, no Moisés, que serve até três pessoas. Porém, o mais em conta é fazer em casa, com média de R$ 35, para quatro pessoas. É o caso da funcionária pública Érika Ferreira que, aos finais de semana, prepara o prato preferido da família: o picadinho.
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