Apreciadores de vinhos destacam a
característica agregadora da bebida
O
vinho é conhecido por seu papel socializante. “Não se
bebe um vinho sozinho. Tem que compartilhar o momento”, afirma Josebel Costa,
membro Associação Brasileira de Sommeliers (ABS). Em Brasília existem diversos
grupos que se reúnem para associar o prazer do consumo da bebida à boa
companhia. A ABS, por exemplo, conta com aproximadamente 120 sócios e a gama de
interessados em se associar cresce a cada ano, apesar da Lei Seca.
Josebel
sempre participa tanto de degustações como de viagens para tomar vinhos. Ele conta que voltou há pouco de Montevidéu,
no Uruguai, e adorou as vinícolas que conheceu. “O passeio é muito divertido.
Você conhece novos tipos de vinhos, desde a produção. E faz amizades em volta
de uma garrafa”, completa.
O presidente
da ABS Brasília, Antônio Duarte, defende a educação do consumidor e a
capacitação do fornecedor de vinhos. Desde agosto de 2001 está à frente da
associação, onde são realizados cursos profissionalizantes, palestras e
degustações de vários rótulos da bebida. O professor acredita que o país se
desenvolve com relação à produção de vinhos e espumantes. “Fabrica-se hoje, na
Serra Gaúcha, um dos melhores espumantes do Brasil, o Geisse”, afirma. A ABS
também promove viagens enogastronômicas, no Brasil e no exterior, onde o
associado faz visitas a vinícolas e participa das harmonizações de vinhos.
Segundo Duarte, essa é uma forma de união e troca de ideias entre conhecedores
e apreciadores de bons vinhos.
Outra confraria,
dedicada à prova de diferentes rótulos, é as Amigas do Vinho − composta
exclusivamente por mulheres, como o próprio nome diz. Elas se reúnem
periodicamente em restaurantes de Brasília com o objetivo de conhecer e
experimentar vinhos e espumantes. Casado com uma confreira das Amigas do Vinho,
o servidor público Francisco Vasconcelos diz participar de degustações para
fazer amizades e afirma ter descoberto o mundo dos vinhos por intermédio da
esposa. “O vinho deixa as pessoas felizes. Nunca vi ninguém bebendo vinho e
brigando. O vinho te leva mais pelo prazer do que pela quantidade”, fala.
Curiosidades
O que é a viticultura? É a ciência que estuda a produção da
uva.
E que são enófilos e
enólogos? Os
enófilos são os apreciadores de vinhos, enquanto os enólogos são aqueles que
fabricam o vinho.
Quais os países
produtores dos classificados como melhores vinhos do mundo? Os ícones mundiais são os franceses,
Borgonha e Bordeau. Na Itália, o Barolo, na Espanha, o Vega Sicilia. Em
Portugal, o Pera Manca e o Barca Velha. Mas a maior referência de vinho do
mundo é a champanhe, da região Champagne, na França.
O que é um terroir e como ele
influencia na qualidade do produto? O terroir é o
conjunto do solo e do clima, a coisa mais importante na produção do vinho. Às
vezes você está num certo local e dali a 100 metros você tem outro terroir. Os vinhos ficam completamente
diferentes. Se a incidência do sol no vinhedo de seu vizinho é uma e do seu
outra, muda a qualidade do vinho.
Qual a diferença entre
o método champenoise e o charmat? Espumante é um vinho que tem uma
segunda fermentação. O champenoise ou
tradicional, originário da região de Champagne, é o método usado para fazer a
segunda fermentação na garrafa. No charmat
é processada essa mesma fermentação, porém em um grande tanque de aço
inoxidável, com capacidade para 50, 100 mil litros da bebida.
Conheça o site e fique por dentro dos eventos da associação
dos amantes do vinho:
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